Fabrícia Moraes - Motociclista estradeira de Goiás

Entrevistada por Policarpo Jr.
Fotos do arquivo pessoal da motociclista

E você achando que os motociclistas que curtem viajar de moto são todos iguais... homens vestidos de preto? Mulheres só na garupa de seus companheiros?

É amigo, hoje em dia o motociclismo de viagem não é mais como antigamente... a mulherada está invadindo as estradas de todo o Brasil!

E mais, presta atenção na estrada e cuidado para não se distrair e sofrer um acidente! Porque existem mulheres, como a Fabrícia Moraes(35 anos), foto ao lado, que quando está rodando deixa qualquer marmanjo motociclista de boca aberta... ela passa por você, porque você desacelera quando a vê no retrovisor...!

Fabrícia Moraes roda de Honda Shadow 600cc, na estrada e na cidade, normalmente pela região do estado de Goiás, é apaixonada por motos desde seus cinco anos. Viaja sozinha ou vai com vários amigos, frequenta encontros e eventos motociclísticos. É bem conhecida e popular em sua região e já saiu em artigos de veículos de motos por todo o Brasil. É muito simpática e trata quem a conhece com carinho. Trabalha com Turismo, Assessoria de Eventos e Marketing. Topa qualquer desafio... encara sem medo!

Agora é a vez da revista eletrônica do Rock Riders homenageá-la e você ter o prazer de conhecê-la. 

Fabrícia, como comecou sua história no motociclismo?

Minha paixão por motos começou na infância, meu pai sempre gostou de consertar nossos carros e motos e eu ficava olhando e imaginando aqueles motores barulhentos e potentes (risos). Isso aos 5 anos de idade.  

Sempre gostei de desafios desde criança, principalmente quando me desafiavam, por ser mulher, dizendo que por isso não deveria fazê-lo, ai é que eu fazia mesmo (risos). Sempre achei a moto uma máquina imponente, perigosa e excitante ao mesmo tempo.

Com o passar dos anos, fiz uma faculdade em Brasília e ai meu contato com motos foi aumentando. Acabei indo trabalhar numa loja da Yamaha, com promoção de eventos. Depois, coordenei um MC da Yamaha em Brasília, organizando viagens e encontros, fazia o papel de "Relações públicas". Mas até então, não tinha minha própria moto. 

Fabrícia Moraes - Motociclista estradeira de Goiás.
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E quando começou a pilotar? 

Depois que me formei em Turismo na faculdade de Brasília, voltei para Anápolis/GO (minha cidade natal) consegui um emprego como Coordenadora de Turismo, depois Gerente de Marketing, ai pude comprar minha moto. Uma Shadow 600, linda! Escolhi esse modelo, porque sou baixinha (1,56m) e nessa moto alcanço os pés no chão. 

E ai começou a viajar de moto... conte-nos a respeito de como sua vida se transformou depois que começou a rodar de moto. 

Eu já vivia no meio do motociclismo. Mas depois que comprei minha moto, os passeios, viagens e encontros ficaram mais emocionantes. Conheci vários motoclubes e entrei para o Águias Indomáveis MC. Estou com a Shadow a mais de 6 anos.

Ser motociclista pra mim é sentir o vento no rosto e a sensação de estar voando... liberdade. A Shadow e eu nos transformamos numa só. A viagem mais longa que já fiz, foi de Anápolis/GO até Porangatu/GO, dando mais ou menos 400km só de ída! Já rodei por todo o estado de Goiás e nos finais de semana estou sempre fazendo passeios.

E você pilota com todos os equipamentos de segurança não é mesmo? 

Sim, uso capacete, luvas, botas e jaqueta. Além da mochila que prendo na garupa. Agora é difícil localizar esses produtos para mim, por ser mulher e pequena. 

Confesso que em todas as viagens levo também secador de cabelos e maquiagem, isso não pode faltar! (risos)

Fonte: Rock Riders